Fonte: Net10
A hipnose e a hipnoterapia são temas complicados de debater, seja pelo ceticismo de algumas pessoas em relação aos métodos, como também pela falta de informações sobre o assunto. Entretanto, alguns estudos já mostram resultados promissores no uso de hipnoterapia no tratamento de vícios.
Segundo o hipnoterapeuta Pyong Lee, para entender como a hipnose pode auxiliar no tratamento de vícios, primeiramente, é necessário diferenciar a hipnose da hipnoterapia, já que ambos são comumente confundidos.
O profissional que realiza hipnose geralmente utiliza um pêndulo, o movimento do dedo ou o som da voz para induzir um estado psicológico especial em outra pessoa. A prática pode ser vista em registros do Egito antigo, em 1550 a.C., mostrando que desde então já era algo que aplicado pelos povos.
A hipnose é frequentemente utilizada no âmbito do entretenimento, justamente porque causa “reações e fenômenos impressionantes”, sendo usada em apresentações engraçadas.
Já no caso da hipnoterapia, o especialista fala que se trata de um processo terapêutico baseado em evidências científicas da psicologia e neurociência. Neste caso, a hipnose pode ser utilizada como uma ferramenta do processo.
Pyong Lee afirma que o primeiro aspecto que a hipnoterapia pode auxiliar no tratamento de vícios é no desenvolvimento do autocontrole da pessoa, permitindo que ela tenha uma maior capacidade de evitar comportamentos impulsivos e recaídas ao longo do tratamento.
Conforme o hipnoterapeuta, muitos casos de dependência química envolvem uma dependência psicológica e emocional relacionada com a droga. Dessa forma, os traumas, depressão, maus tratos, dificuldade de lidar com os fracassos e estresse constante, podem ser alguns outros elementos que mantém um vício ativo.
Além dos pontos mencionados, para Pyong Lee, a hipnoterapia se mostra eficiente no tratamento de vícios porque torna a pessoa mais engajada e participativa no processo de tratamento, já que a terapia atua diretamente nos gatilhos psicológicos relacionados com o vício e promove maior autoconhecimento das suas cognições, afetos e comportamentos.